quarta-feira, 25 de abril de 2018

SONETO DE SOLIDARIEDADE


Como resistir ao mar revolto
se o vento quebra seu tom manso?
Se a onda rebenta sem descanso...
Se estar a deriva é estar solto...

Se ao menos a vida não fosse luta
e a terra firme desse frutos,
se o ser humano não fosse bruto
ou a exigência absoluta.

Quando toda causa parece vã,
em meio a tudo tornar-se pó,
maquino e tramo o amanhã.

Mas minha força é de dar dó.
Sob o canto do acauã
é decisivo não estar só.

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