SONETO DOS NAMORADOS
As lembranças de um setembro,
aquele fevereiro que não chegaria,
a sua janela que pulei naquele dia,
o primeiro presente de dezembro.
A dúvida de quem diria primeiro,
as brigas de qualquer outubro,
a separação num julho rubro,
o recomeço de todo janeiro.
As rasuras deste nosso passado,
já que na vida não há rascunho,
belo vaso torto de tanto colado.
Quero dizer neste testemunho,
que nosso amor não será comprado
em um qualquer doze de junho.
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