O fio da letra
que fere a carne
sem corta-la,
a humilhação
que transferimos
à pessoa errada.
A maldade
da qual fugimos,
mas que nem sempre
nos falta.
A adesão covarde
ao ataque injusto,
quando a defesa
seria a postura digna.
A indiferença fria
para com aqueles invisíveis
seres alienígenas.
A forte
e arrogante sorte
dos que tratam alguém
como inferior,
sentindo no fundo
um prazer constrangedor.
Um interior medíocre,
esvaziado pela
preocupação efêmera
de se viver priorizando
aparências.